quarta-feira, 17 de abril de 2013

Felicidade na Comunicação: utopia ou realidade?

Por Patrícia Dantas

Você está feliz onde trabalha? Essa pergunta provavelmente todo mundo já se fez. A resposta pode ser um simples sim ou não. Mais difícil é definir precisamente um tema tão subjetivo: “Existem algumas maneiras de compreensão sobre o que é felicidade. São sensações positivas que as pessoas sentem ao longo do tempo, momentos prazerosos, sob o ponto de vista das emoções”, diz Alexandre Teixeira, autor do livro Felicidade S.A. e um dos palestrantes do Congresso Mega Brasil de Comunicação 2013
Teixeira é jornalista de Economia e Negócios, com 21 anos de Redação. “Na maior parte desse tempo, posso dizer que fui muito feliz”, revela. Para ele, a felicidade no trabalho pode ser traduzida pelas sensações de ter realizado um bom projeto, ser  reconhecido por parte de colegas ou superiores, ter autonomia sobre a carreira ao sentir que absorve, por exemplo, mais tarefas e responsabilidades. “São emoções que podem inclusive ser mais significativas que a própria remuneração”, avalia.
Ser feliz no ambiente de trabalho é estar envolvido com algo que dê prazer e seja envolvente, como alguém que tem o hábito de correr cinco, seis, sete quilômetros sem perceber o esforço físico. “A atividade é tão intensa que a pessoa não se dá conta do tempo. Nada mais pode importar, enquanto ela realiza aquela tarefa”, comenta. Segundo o jornalista, outros estudiosos acrescentam um terceiro elemento sobre o tema. Seria como fazer algo relacionado a uma causa, levantar uma bandeira e “contribuir efetivamente em algum projeto que impacta a vida de outras pessoas”.
A Felicidade e a Comunicação
No universo de redações e agências, o tema está longe da agenda dos executivos. Sobretudo nos meios de produção jornalísticas, como TVs, rádios, publicações impressas diárias ou semanais, cujas equipes de profissionais se encontram cada vez mais enxutas. “Estamos vivendo no meio de uma crise conjuntural econômica, com mercado de anunciantes retraído e mudança no hábito do consumo da informação. Claro que fazer mais com menos prejudica a qualidade de vida e compromete o resultado de trabalho. Acho preocupante e nocivo. Infelizmente, os gestores estão de costas pra isso”, lamenta. 
Mas nem tudo está perdido. Apesar do movimento pela busca da felicidade caminhar a passos de tartaruga na área da Comunicação, empresários de outros segmentos estão mais atentos à questão. Para escrever o livro, o autor colheu depoimentos de executivos de grandes empresas, como Abílio Diniz, presidente do Conselho de Administração do Pão de Açúcar; Sergio Chaia, ex-presidente da Nextel; Luiz Seabra, fundador e presidente do Conselho de Administração da Natura, entre outros. “Aqueles que passaram por questionamentos pessoais e amadureceram a ideia fizeram um movimento de levar a felicidade para dentro das empresas”, acredita.
O desafio de promover um ambiente de trabalho mais feliz e saudável é gigante e novos conceitos começam a surgir no mercado, como é o caso do employer branding, iniciativa que envolve as áreas de Recursos Humanos e Marketing, com foco em projetar a marca para atrair e reter talentos, profissionais mais capacitados e qualificados. “É uma ideia bem nova que vou abordar na minha palestra”. 
Quer saber mais sobre a felicidade no trabalho? Participe da 16ª edição do Congresso Mega Brasil, a ser realizada de 23 a 25 de abril, no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo, e confira a palestra do jornalista Alexandre Teixeira, dia 23 de abril, próxima terça-feira, das 15h20 às 16h30. 

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