quarta-feira, 18 de abril de 2012

Lapastina e a Rádio Mega Brasil: "radio... someone still loves you"


Sérgio Lapastina é jornalista atuante e praticante, tem pós-graduação em Marketing e em Comunicação de Marketing, além de ser escritor, cronista, articulista e integrante de diversos Grupos de Estudos em Comunicação e Marketing. Finalista do Prêmio Comunicação de Valor -2001 e do Prêmio Personalidade da Comunicação Empresarial – 2002, é ainda autor de cases premiados pelas mais importantes associações, empresas e entidades nacionais. É autor dos livros “Frente a Frente – Manual de Relacionamento com a Imprensa”, “Frei Bolinha, companheiro de São Francisco – uma história de boa vontade” e tem textos publicados na coletânea “Comunicação Interna II – a força das empresas”. 
Com a experiência de quem passou por diversas empresas e agências nacionais e multinacionais, sempre desenvolvendo projetos na área da Comunicação Empresarial, Relacionamento com a Imprensa, Endocomunicação, Comunicação Digital, Criatividade, Gestão de Marcas e Gestão da Informação e do Conhecimento e programas de valorização da Comunicação nos sistemas empresariais e no mercado em geral, ele, que foi, durante 10 anos, Gerente de Imprensa e Comunicação da Sabesp onde atualmente é Assessor de Comunicação da Diretoria de Tecnologia, Empreendimentos e Meio Ambiente, repete o desafio de encarar a Rádio Mega Brasil online de frente, agora durante os três dias do #congresso4em1 em parceria com a também jornalista Cássia Gargantini.  Para falar um pouco desta experiência e do que ele pensa do veículo rádio, o entrevistamos  em caráter exclusivo. Com vocês, Sérgio Lapastina:

Vc tem sido um colaborador assíduo do Congresso Mega Brasil, mediando palestras, indicando jornalistas para cobrir o evento... Agora, sendo uma das vozes da Rádio mega Brasil, você passa a entrevistar as fontes, desempenhando um papel mais jornalístico durante o evento. Como você está vendo esta iniciativa da Mega Brasil em destacar o evento por meio de entrevistas com âncoras tarimbados como você e a Cássia Gargantini?
SL- Mais do que colaborador, sou um verdadeiro fã do Congresso. Acompanho o esforço para que o evento aconteça e fico extremamente contente ao ver que, ano após ano, ele não somente é um sucesso, mas se firma como o principal fórum de debates e disseminação do conhecimento sobre comunicação do mercado brasileiro.
Quando se olha o time envolvido em seus quatro aspectos: organização, mediação, apresentação e audiência, o que se vê é a reunião do melhor, mas não somente do que já foi melhor. O Congresso traz o tradicional, traz o novo, faz esse mix importantíssimo de valorizar a experiência e formar uma nova geração, integrar esse conhecimento em prol de uma área nem sempre tão valorizada, normalmente muito criticada, mas construída por profissionais fantásticos.
Felizmente já estive em praticamente todos os lados, já fiz diversas apresentações, assisti a muitas palestras, mediei várias e agora veio o convite para ser âncora da Rádio, uma experiência que fizemos em anos anteriores e que deu sim muito certo e que agora, repaginada, fortalecida, vai não somente divulgar, mas assegurar que cada momento do Congresso seja registrado e debatido, podendo ser disseminado ainda mais, mesmo por aqueles que não tiveram a oportunidade de vir a São Paulo.
Para mim, como profissional, vai ser fantástico estar ao lado da Cássia Gargantini, do Marco Rossi e de todos os grandes amigos que fiz ao longo desses anos, estou ansioso para começar.  

Você já tinha tido alguma experiência como radialista?   Em caso positivo, fale um pouco sobre esta experiência.
SL- Eu sou um apaixonado pelo rádio. Tanto que fiz uma coisa que poucos fizeram na vida: rádio corporativa. Em empresas, nas agências nas quais trabalhei, enquanto outros ofereciam jornais e vídeos corporativos (claro, esses eu também fazia...e  ainda faço), sempre inclui programas de rádio para serem veiculados aos empregados e colaboradores. Os resultados eram fantásticos.
Fiz também alguns programas com o Marco Rossi na Rádio Mega Brasil On Line... Trabalhar com um profissional amigo como o Marco é sempre um prazer... a gente se divertia muito.
Fazer rádio é uma delícia, te dá uma liberdade enorme de expressão, de pensamento e você sempre tem que pensar em uma coisa: o respeito ao ouvinte.... Você começa a gostar da conversa, levar um bate-papo com o entrevistado, debater uma questão, mas nunca - jamais - pode se esquecer que precisa fazer tudo de forma que as pessoas (que não têm o recurso da imagem) compreendam 100% do que está acontecendo: é esse o desafio que o rádio te traz.

Por fim, como vc vê o veículo de comunicação rádio no contexto atual da internet? 
SL-  Felizmente cada vez mais forte. Houve, claro, um período de adaptação, um momento no qual foi necessário ver o que seria de uma mídia tão tradicional frente a uma outra avassaladoramente tão forte... Assim como foi com o jornal, com o outdoor, com a mala direta e com tantas outras. Mas - enfatizo - felizmente, o rádio foi uma das mídias que conseguiu se sair melhor e está a cada dia mais forte.
Em verdade houve uma expansão, pois hoje existe um amplo (até demais e é preciso ter cuidado com isso!) campo de atuação; as rádios online. Basta ter um microfone (e qualquer celular tem) e você pode ter uma rádio na internet.
Mas falando das rádios tradicionais, elas também se modernizaram, hoje a produção está mais fácil, pois a velocidade da informação é gigantesca, mas claro, as verbas destinadas aos programas de rádios estão menores - o que é uma pena.
Para mim a maior prova de que o rádio não morreu é quando entro no carro todos os dias para ir trabalhar e meus filhos pedem para colocar na... (posso falar o nome da emissora?... ah, por que não?), na Bandnews FM (que o mais novo chamava de "radinho falante", porque não tocava música). Aos finais de semana é a maior briga, porque um quer escutar uma emissora, outro quer outra. Fico feliz porque todos sabem o nome das emissoras, a frequência no dial, conhecem os programas; talvez não tenham aquela empatia com os radialistas, com os âncoras que tínhamos antigamente... mas aí é pedir demais.
Quando vejo a nova geração ouvindo rádio, me lembro do Queen cantando "radio... someone still loves you" e vejo que é a mais pura verdade e será ainda por muitos anos.